Espere! Só preciso de um instante
Um átimo, um hiato
Um pégaso, meu ginete alado
Para ir ao teu encontro
(Nua, vou mostrar-me por baixo do manto)
Esmagada no teu abraço
Deixo a mente escapulir
Monto meu corcel encantado
Minhas coxas não te deixam fugir
(Cetro em riste, não tens como iludir)
Amazona fugidia e matreira
Solto rédeas e bridão
Indecente e sorrateira
Do teu corpo lanço mão
(Entre gemidos, te desvendo a rameira)
Estou por um instante qualquer
E teu galope é a alforria
Da minha porção vaga e vadia
Que te tem a hora que quer
(Mesmo sozinha me faço tua mulher)
As urgências do meu corpo
Meu pégaso há de suprir e aplacar
Porque meu destino é ir
E o teu jamais esperar
(Espero pela alcova onde me farás voar)
Carmen Bentes
http://arte-final.blogspot.com
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Continue sua viagem pelos encantos da poesia.
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terça-feira, 10 de março de 2009
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