TEMPO, ESPAÇO, ALENTO . . .

revejo minhas notas;
releio minhas letras;
refaço meus versos;
repenso meus poemas;
recrio, com intensidade,
o choro de minhas poesias;
sento na calçada,
abro os braços
e abraço a noite,
com a força do canto
que não sai
de minha boca,
e das lágrimas tantas
que inundam o meu peito...
não tem jeito...
fazer o que,
se além de amante
nasci pra ser poeta?

TADEU PAULO
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